A Engie está empenhada na construção de dois outros empreendimentos: o complexo eólico Serra do Assuruá e o parque fotovoltaico Assú Sol.
O presidente da Engie Brasil, Mauricio Bähr, confirmou em evento realizado no Rio de Janeiro na última quarta-feira, (2), que a empresa está comprometida com um investimento de R$ 10 bilhões para a construção de três projetos de geração de energia renovável no Nordeste até o ano de 2025. Esses projetos incluem dois complexos eólicos e um parque solar, totalizando uma capacidade instalada de 2 GW.
Investimentos em energia renovável em projetos eólicos e solares fortalecem a geração limpa no Nordeste
O primeiro dos três projetos mencionados por Bähr é o Conjunto Eólico Santo Agostinho, localizado no estado do Rio Grande do Norte. Com um investimento previsto de R$ 2,2 bilhões, parte do complexo já começou a operar comercialmente em março deste ano, e a expectativa é que o projeto completo seja concluído até o final de 2023, alcançando uma capacidade de 434 MW.
Além disso, a Engie também está empenhada na construção de dois outros empreendimentos: o complexo eólico Serra do Assuruá, na Bahia, com capacidade de 846 MW e um investimento estimado em R$ 6 bilhões, e o parque fotovoltaico Assú Sol, no Rio Grande do Norte, com capacidade de 752 MW e um investimento de R$ 3,3 bilhões.
Mauricio Bähr destacou que a empresa está na fase final de avaliação do capital investido nesses projetos e que em breve haverá o anúncio oficial. Além dos projetos já em andamento, o executivo mencionou haver uma série de outras iniciativas em análise, podendo envolver projetos híbridos de energia solar e eólica, bem como a produção de hidrogênio verde. No entanto, esses empreendimentos ainda devem demorar alguns anos para sair do papel.
O presidente da Engie Brasil ressaltou a importância do país no cenário global de energia renovável, afirmando que o Brasil é visto como a “Disneylândia” das energias limpas, devido às suas condições naturais favoráveis, vasto território e um mercado promissor. A companhia possui uma meta ambiciosa de alcançar 50 GW de capacidade instalada até 2025 e 80 GW até 2030 em todo o mundo, e o Brasil é considerado um forte candidato para sediar esses projetos futuros.
Engie avalia possibilidade de projetos híbridos e aguarda oportunidade para eólica offshore no Brasil
Quando questionado sobre a possibilidade de investimentos em energia eólica offshore no Brasil, Bähr explicou que a empresa está acompanhando o mercado brasileiro por meio da Ocean Winds, uma parceria com a EDP voltada para essa tecnologia. Entretanto, ele enfatizou que, no momento, o país ainda tem um grande potencial para o desenvolvimento de energia eólica em terra, o que é mais econômico e conveniente, visto que não requer a implantação de linhas de transmissão offshore.
No entanto, o presidente da Engie acredita que, a médio e longo prazo, a energia eólica offshore se tornará uma realidade no Brasil. Apesar do comprometimento da Engie Brasil com a geração de energia renovável, Mauricio Bähr reconhece que há desafios a serem enfrentados, principalmente em relação à cadeia de fornecimento de componentes, especialmente os painéis solares, os quais são altamente disputados no mercado mundial, muitos deles sendo importados da China.
Ele também mencionou dificuldades logísticas e de capacidade fabril no Brasil, especialmente no que se refere aos componentes eólicos. No entanto, a empresa está buscando estimular o crescimento da capacidade produtiva nacional, visando a exportação de componentes eólicos caso haja uma sobrecapacidade no país.
Com esses investimentos em energia renovável no Nordeste, a Engie Brasil reafirma seu compromisso com a transição energética e contribui para o avanço do setor de energias limpas no Brasil, fortalecendo sua posição como um dos principais players no mercado de energia do país.