Conheça os 66 projetos de energia eólica offshore em andamento no Brasil

Todos os empreendimentos de energia eólica offshore estão em etapa de licenciamento pelo Ibama e podem entrar em operação entre quatro e seis anos após a aprovação

O Ibama tem atualizado seu mapa sobre os projetos de usina eólica offshore em licenciamento. Os dados mais recentes, de agosto de 2022, mostram 66 empreendimentos. Os estados do Rio Grande do Sul (21 projetos), Ceará (19), Rio de Janeiro (9) e Rio Grande do Norte (8) são os que puxam as iniciativas.

Perfis e capacidade dos projetos de energia eólica offshore
Os empreendimentos Caucaia e Asa Branca, ambos no Ceará, têm os processos de avaliação mais antigos, respectivamente de 2016 e 2017.

O maior empreendimento em capacidade de geração, segundo os dados do Ibama, seria o projeto Ventos do Sul, da Ventos do Atlântico, com instalação no Rio Grande do Sul, com 6.507 MW. Seriam 482 unidades geradoras ativadas a uma distância de 21 km da costa. O segundo maior é o Alpha, da Alpha Wind Morro Branco, no Ceará, com 6.000 MW.

O terceiro maior projeto deve ser instalado em Santa Catarina e 5.700 MW de capacidade, sendo de propriedade da SPE Bravo Vento. Há vários projetos de 3000 MW cada na lista dos maiores: Jangada (Ceará), Maravilha (Rio de Janeiro) e Águas Claras (Rio Grande do Sul), todas da Força Eólica do Brasil.

Quando começa a geração eólica offshore?
As informações do Ibama listam ainda as características principais dos equipamentos que devem ser ativados, caso os projetos avancem no licenciamento. Os de maior capacidade unitária chegam a 15 MW de geração. A média, no entanto, mostra equipamentos de 12 MW e de 13,5 MW. Pontos fora da curva são os projetos Nova Energia, da Sowitec, com apenas um aerogerador de 3,4 MW a 200 metros da costa da Bahia, e o Asa Branca, da Asa Branca, com a previsão de 50 aerogeradores instalados a 3 km da costa do Ceará.

A depender do licenciamento, a geração de fato pode começar em 2027 na avaliação da presidente da Associação Brasileira da Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Silva Gannoum. A estimativa foi feita em entrevista ao site Canal Energia em outubro de 2020. Para ela, o Brasil tem disponibilidade para gerar energia por meio das eólicas marítimas, mas é preciso vencer as barreiras regulatórias.

Marcelo Storrer, presidente da Associação Brasileira de Eólicas Marítimas (Abemar), é mais otimista e pontuou, em entrevista ao site epbr, que a nova fonte de geração pode entrar na matriz brasileira ainda em 2025, caso exista incentivos para isso. Segundo ele, a iniciativa de incluir os benefícios do Programa de Incentivo às Fontes

Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) seria bem-vinda
Ainda de acordo com ele, a geração de energia eólica marítima é diferente da instalação em terra. O especialista afirmou ao site Saneamento Ambiental que a infraestrutura da eólica terrestre envolve equipamentos menores e não haveria ainda fabricantes de pás e torres específicas para isso, além de deficiências na infraestrutura básica portuária para atender o mercado.

Apesar disso, Storrer defende a viabilidade do segmento. “Se tivermos incentivo, o Brasil tem um potencial enorme no mercado mundial. É incontestável nossa área de águas rasas e a velocidade dos ventos viabiliza o desenvolvimento de projetos”, disse.

Fonte: https://www.alemdaenergia.engie.com.br/conheca-as-fases-dos-66-projetos-de-energia-eolica-offshore-em-andamento-no-brasil/